terça-feira, 13 de julho de 2010

A Inocência do Prazer

(Cazuza / George Israel)
Já passou, fomos perdoados
Por todos os deuses do amor
Acabou podemos ser claros
Como era antes, seja lá como for
Alguém tentou desesperadamente
Sentir algo decente
Sou feliz, pois já fui julgada 
Daqui pra frente, tudo é meu
Então fala baixo e sente 
Eu vou te dar um presente

Vento novo, flores e cores
Fim do verão tropical
Novos ares, novos amores
Tudo de volta, ao seu estado normal
Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já não posso entender
Então fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

A solidão vai ficar grudada
Nas coisas que você negar
Nesta tarde desanimada
Embalada em frontal
Telefone, hora marcada
Tudo é tão social
Quero alguém pra falar a verdade
E não pra me baixar o astral
Então fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Baby Can I Hold You


(Tracy Chapman)

Sorry, is all that you can't say
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry, sorry, sorry

Forgive me, is all that you can't say
Years go by and still
Words don't come easily
Like forgive me, forgive me, forgive me.
But you can say baby
Baby can i hold you tonight
Baby if i told you the right words
Oh, at the right time
You'd be mine.

I love you, is all that you can't say
Years gone by and still
Words don't come easily
Like i love you, i love you.

domingo, 4 de julho de 2010

Lua Nova

(Edward)
O que fazer quando se perde o Sol?
O que fazer quando não há mais razão para existir?
Quando o propósito vai embora?
A alma se esvai
O calor nos deixa
O tempo não passa
E quando se encontra uma Lua?
Um reflexo de vida
Uma chama de esperança
Ganhar novas razões para existir
Mas existir sem esquecer a dor
Existir trazendo-a consigo a todo instante
Viver o novo sem esquecer o velho
Sentir o velho enquanto o novo cresce
Tentando sobreviver a duas realidades distintas
E quando o velho volta a ser presente?
Coexistir com o novo é impossível
Voltar a amar o que nunca morreu

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Versos Íntimos

(Augusto dos Anjos)

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!